Andava apressado. Distraído. Distante. Inconsequente, cortava aqui, costurava ali. Com o ponteiro e a marcha sempre subindo, corria, invadia, avançava – sem olhar em volta. Até que um dia apareceu um agente. Estrategicamente, me viu do mesmo limite que cruzei. Bem na minha frente, anotou. Mas não percebi, e assim segui. Alguns dias e a multa chegou. Com ela, o susto. Com ela, o gasto. Com ela, a reflexão. Andava apressado. Agora freei.